quinta-feira, 14 de julho de 2011

Coração Fraco

Manolo olhava demais pra Lúcia. E Lúcia, menina cativa, nem sabia o que fazer. Mas não é que deu em alguma coisa?
O cara, malandro como era, e já doidinho com ela, arranjou tempo, lugar e transporte. E a garota, caidinha, não resistiu e disse que era amor eterno, que ia ser pra sempre. Manolo, por fim, concordou com a moça. E ficaram juntos.
Por um tempo.
Um tempinho só.
Afinal, o Manolo era homem de uma, mas seu coração derretia fácil. Quando firmava um namoro, ficava naquilo, mas, se outra interessasse, acabava tudo por essa outra. E não é que foi o que aconteceu?
E o interessante é que as duas eram amigas do peito, nada separava uma da outra. A Mari, que via a felicidade da amiga, dava uns bons conselhos pro Manolo, e ele ia seguindo a vida com a Lúcia.
E foi aí que ele percebeu que ela já não dava mais pra ele.
Acabou caído pela Mari. E foi se insinuando, se insinuando, até que ela começou a olhar pra ele de um jeito diferente, também. Que fazer? O coração é fraco, como diz a própria.
E foi uma luta. Os dois recém-amantes faziam juras e mais juras, e olhavam-se nos olhos, ficavam, gostavam e ficavam de novo. Mas como contar pra Lúcia e acabar com a amizade?
Não teve jeito.
Foi o que Manolo decidiu. Ele foi até a Mari e falou pra ela que teriam de contar pra Lúcia de qualquer jeito. A Mari, agoniada, chorou, brigou, gritou. Mas cedeu. E foi conversar com a Lúcia.
Coitada.
Ela chorou. E gritou mais. E brigaram, brigaram demais. A amizade quase acabou. Pois é, o coração é mesmo fraco. Tudo por causa do Manolo.
Mas chegou num ponto que não teve outro jeito. Lúcia fungou, respirou, mas foi de cabeça erguida até os dois e deu a sua bênção. E eles estão lá, firmes e fortes, até hoje.
E pensando bem, o casal combina. Manolo e Mari. M&M.

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