segunda-feira, 27 de junho de 2011

(In)Versos

Se em tempos de guerra quiseres Sol
Farei chuva.
Se quiseres, em tempos de amor, amor,
Farei guerra.
Se quiseres felicidade em tempos felizes,
Triste serei.
Se quiseres versos tristes,
Feliz estarei.
Se quiseres gritar em profundo,
Serei vácuo, e nada ouvirei.
Se quiseres sussurrar em meu ouvido,
Mascarado estarei.
Se quiseres emoção em conflito,
Serei impasse.
Se quiseres nada próximo ao abate,
Serei morte.
Se quiseres nada mais que um sorriso,
Serei lágrima.
E se quiseres lágrima,
Serei nada.
Se quiseres versos,
Sumirei.
Se quiseres provas,
Darei conclusões.
Se quiser conclusões,
Serei confusões.
Se quiser-me,
Serei poeta,
E poeta morrerei.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Mar

Espero que algum dia
Eu olhe pra trás
E não veja mais nada
Pois tudo o que há, na verdade é pouco
Sentimentos tolos
Sorrisos fatigados.

E um fio ao qual me agarro
Se chama Realidade
Num mar de desilusões.
E até que seja dita a verdade
Não largo da Realidade
Nem por mil emoções.

Tudo o que peço
É um riso sincero
De verdades não ditas.

Um sorriso branco, brilhante
Perfeito pra nós dois.

Mas nesse mundo de loucos
Um sorriso é pouco
Não dá pra lucrar.
Apreciar um sorriso é pra poucos
Uma coisa de louco
Não dá pra negar.

E no escuro eu vejo uma luz
Que me guia para fora do meu fio
Me desagarro e me deixo levar
Espero que esse não seja
O mar das Emoções
O mar da Felicidade
O mar das Desilusões
Dos Fracassos, da não-Realidade.