sábado, 9 de julho de 2011

Calmaria

O que foi feito não fará
De novo
Não será como as ondas no mar
Que batem, voltam e rebatem
Num ritmo infinito
Apaixonante, porém louco
Estilo do mar.

E nesse movimento
Que vai, vem e volta
Faz e refaz
De novo
Tudo o que foi um dia
Já que não volta
O que seria de nós
Sem o gostinho do mar?

A vontade de voltar
E refazer o que já fez
De regressar e repetir
De redescobrir
E de acabar.

Mas, como tudo,
Tudo acaba.
Um dia passa.
E não volta.
E depois, tudo fica calmo,
Límpido.
Como o mar.
Que escurece, amedronta,
Quebra, enfurece,
Mas depois, resolve por si mesmo,
Contrariando todas as previsões,
E chocando todos os corações.

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