segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Penso

Existe uma linha tênue
Que separa a desgraça
Da virtude.

E eu penso que ela é tênue demais
Para a maioria das pessoas.

Que como se percebe a diferença?
Vivendo a diferença.
E temendo-a no coração.

De uma ponta a outra,
O preconceito não tem fim.

E agora, que o fim aproxima-se
Me pedem por respostas.
Ora, bastardos!

Me excluem por meus defeitos
Depois choram minhas qualidades?
Isso é simples preconceito.
Que fazem senão difamar-me?

Vivenciam o prazer
Através do desprezo.
Ainda haverá vingança.
Porque existe ressentimento.

Toda ação
Temr reação.

E o fim
Está próximo.

Voces verão.

domingo, 28 de agosto de 2011

Beco de Mundo

Sozinho.
No escuro.
No frio.
E nada muda.
Nada sai do lugar.

Sensações
De mundo parado.
De nada.
De nada mudar.

Coitado do mundo.
Coitado.
Não vai mais girar.

O Sol já não nasce mais
É sempre a mesma coisa
Nunca mudar.

O mundo já vai pra dois caminhos
Ou morre sozinho
Ou começa a chorar.

Coitados dos inúteis humanos
Que tentam, profanos,
O mundo mudar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Impossibilidade

Eu sei que não posso pagar
Um futuro para nós dois
Mas, por favor, me deixe tentar
Alcançar o futuro depois.

Com tantas terras, tantos mares,
Tantos vários lugares
Apareceu para mim
E agora só preciso de ti.

E pequena, olhe, não para cima ou
Para baixo,
Mas a teu lado
Que lá estarei.

E por favor esteja presente
No futuro que construirei.

Eu sei que não posso pagar
Um futuro para nós dois
Mas, por favor, me deixe tentar
Alcançar o futuro depois.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Atualidade

Simplesmente o nada.
Insignificante e obliterante nada.
E essa é a verdadeira tortura.
Não é ignorância, não é raiva.
É o vazio.
E do vazio provém a dor.

Queria mesmo é ter nascido em melhores tempos,
Onde a definição duma pessoa não é a definição de uma marca.
Onde os sentimentos eram sentimentos
O coração era fraco
E o amor existia.
Onde um ser não faria
O que o sistema faz com todos nós.

Onde você olharia pra mim
Mesmo eu não pertencendo a nenhum padrão
Da sociedade.
Onde eu teria uma chance, um momento fora do padrão
E não seria suprimido.
Onde as pessoas costumavam ser legais, divertidas, carinhosas,
E a variedade fazia o mundo.
Não éramos clones.
Tínhamos mais personalidade, mais amor.

Menos cegueira.

Eu e você costumávamos ser eu e você
Eles eram eles
E nós éramos todos.
Hoje, agora, a sociedade nos oprime
O sistema nos quebra.
E eu choro todas as noites.
Sem ninguém perceber.

Pouco a pouco, vamos nos destruindo
De dentro para fora.
A própria sociedade cuida disso.
E que bom trabalho ela faz!
Garante a opressão
O choro
A repressão.
E o que ganha em troca?
Devoção.
Plena e insuportável devoção.

Parabéns, mídia.
Você, esculpindo corpos perfeitos,
Matou pessoas.
Fez a diversidade decair
A personalidade sumir.
Somos clones.
Obrigado por esse mundo inútil.
Obrigado pelo "progresso".