quarta-feira, 2 de março de 2011

Selva de Concreto

Ouço sussurros velhos
De motores mortos
De motos velhas
De homens sórdidos.

Ouço a mentira
Nos barulhos estranhos
A falsidade
Nos olhos claros.

Vejo a maldade na selva de concreto.

Vejo a ilusão
No manto negro que se impõe,
Autoritário,
Na saída do Sol.

Assisto ao beijo
Da pólvora
Do fogo
Que consomem-se.

Mas não vejo
A humanidade.
Não compreendo
As investidas
Animais
De traição.

Selvageria
Na selva de concreto.

O pensamento
Corroído
Destruído
Pela maldade humana
Tornou-se uma simples esquiva
Um distanciamento
Dos seus semelhantes.

Maldade indiscutível
Que denigre
A imagem humana.

Maldade
Na selva
De concreto.

João Lucas Fernandes de Sá

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