terça-feira, 15 de março de 2011

Bandeira Branca

Depois de guerra constante
Soldado hasteia bandeira branca
Cansado, sacode a poeira
Cansado ele levanta
Anda, soturno e relaxado
Para o campo adversário
Não vê o perigo escondido
Não vê bombas entrincheiradas.

E lembra da sua bandeira branca a sacudir com o vento
Vê, com olhos brilhantes que não mentem
As armas caírem, descontentes
Um estrondo metálico vagando pelo ar...

Lá se vai, passando por casas abandonadas
Portas abertas, escancaradas
Mundos perdidos, esquecidos
Num mar de luta sem fim.
Pessoas com olhos abertos
Assustadas com essa coragem recém-revelada
Que veio do âmago do ser.

Essa vontade de desistir
De não aguentar mais
De não poder mais nada fazer
Pela paz,
É inferiorizada
Por justa causa, causa dela
Guerras são finalizadas
E feito ela, diplomatas
Resolvem conflitos eternos.

Essa bandeira branca
Solução de tudo, resolve o mundo
Obstinada, resolvida a ceder.

E ela balança, quietude
Silêncio, eternidade
Símbolo de paz.


João Lucas Fernandes de Sá

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