sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Queixa

Queixo-me de tudo
Seu Policial.
Queixo-me desse mundo
Surreal.

Queixo-me de cabo a rabo
Queixo-me de você
Queixo-me do parecer
Queixo-me da injustiça,
Seu Policial.

Sim, eu vou me queixar de tudo
Esse não é mais meu querido mundo
Está mudado, logo, logo vai perecer
Os habitantes já não sonham mais
Não são líricos, são estúpidos
Animais.

Não sabem mais como viver.

Eu gostava do meu passado
Onde nada estava errado
Onde a verdade era a verdade
Não havia sarcasmo nem mentiras
E quando no futuro a idade
Vinha
Aceitava-se e se unia a ela
Em paz.

Queixo-me da velhice
Queixo-me dos neologismos
Queixo-me do que a justiça se tornou, Seu Policial.
Malditas inverdades, mal as percebo
Estão no limiar da minha compreensão.
Pois queixo-me, queixo-me, queixo-me de novo
Não canso-me de queixar.

E agora, já não sei mais o que fazer
Para poder mudar o mundo
Acabar com o imundo
Desperdício, pois o mundo é o mundo,
Já disse!

Pois queixo-me, sim, queixo-me de tudo
Queixo-me sim, queixo-me do mundo
Queixo-me sim, Seu Policial
Pois minha terra já não é mais minha,
Já não sei mais o que fazer!

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