sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sistema

Me preocupo demais.
 E às vezes acho que sou relaxado.
Mas a cidade é muito presa.
Não há verde.
O azul está acabando.

E ainda assim, o sistema nos prende.
Obriga-nos ao que ele pretende.

Cadê meu mar?
Meus ventos?
Minha corrida de menino,
Minha vida sem intento?

Minha ingenuidade, meu amor sem-razão
Sem-cidade, sem-estado, sem-pressão.

Cadê meus sonhos?
Meu pé-de-vento?

Sumiu. Pra onde foi?
Não sei. Que ele quer?
Como vou saber?

Oras, sabendo,
Feio-papão.

Bicho que pega, prende, mata.
Não gosto de você,
Sistema.

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