sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pesadelo

Eu lembro de pedir colo
Também me lembro de chorar
Mas o terror inspirado pelos sonhos
Eu não posso interpretar.

Só relembro de imagens vagas
Em becos sombrios
Que me atormentam.

Quando durmo, me assusto
Tenho medo
Já que a minha cabeça
Não é propriamente minha
E sim
Dos meus sonhos.

Tenho medo
De quando eu lembro
Do meu pesadelo
Que até hoje paira sobre mim.

Era um homem de manta negra
Que atirava em si mesmo
Mas no momento do tiro
Eu acordava
Com uma sensação de que o homem
Era meu pai.

Também lembro de algumas imagens
Dispersas
Que agora me vêm a cabeça
E pairam com um terror inexplicável
É como uma nuvem negra
Que se aproxima
Até formar-se um véu preto
Em cima de minha cabeça
Tornar-me claustrofóbico
E desesperado.

E quando durmo, tenho medo
Pois não controlo
- Como se eu, acordado, controlasse -
Meus pensamentos.

Quando levanto,
Ofegante
Lembro de meu sonho
Paralisante
E hoje, examinei a verdade
E constatei
Que o homem de meus sonhos
Era meu pai.

Por quê?

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