E às vezes acho que sou relaxado.
Mas a cidade é muito presa.
Não há verde.
O azul está acabando.
E ainda assim, o sistema nos prende.
Obriga-nos ao que ele pretende.
Cadê meu mar?
Meus ventos?
Minha corrida de menino,
Minha vida sem intento?
Minha ingenuidade, meu amor sem-razão
Sem-cidade, sem-estado, sem-pressão.
Cadê meus sonhos?
Meu pé-de-vento?
Sumiu. Pra onde foi?
Não sei. Que ele quer?
Como vou saber?
Oras, sabendo,
Feio-papão.
Bicho que pega, prende, mata.
Não gosto de você,
Sistema.
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