sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Irmandade

De uma longa linhagem perdida
De grandes mistérios,
Desaparecida
Duas irmãs vieram à vida.

De duas faces, uma certeza
Uma expressa bondade
A outra, braveza.

Pois então que se consumam
Nessas querelas sem solução
Não sabem, é melhor
Que se unam,
Para haver compreensão.

Mas é algo impressionante:
Uma prática,
Lá dos tempos de Dante.
A outra, enigmática
Para mim, tão importante.

Mas nunca vi em minha vida
Irmãs tão pouco aparentadas
Se uma é paciente
A outra é estressada.

Não podem ficar juntas
Olhe só o que dá
Uma faz fofoca da outra
É circo, de tanto falar.

Agora lhe proponho uma questão
De que adianta as diferenças
Se elas são o que são?
Uma completa a outra
Como eu e meu irmão
Compreendes agora,
É a diferença que faz a união.

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